Pompéia 85 anos
A região foi primordialmente habitada pelos índios Coroados. Os primeiros desbravadores chegaram em 1852, quando o Governo Imperial concedeu posse primária das terras localizadas nas bacias dos rios Peixe e Feio a João Antonio de Moraes, Francisco de Paula Morais e Francisco Rodrigues de Campos. Em 1919 Júlio da Costa Barros, Pedro Verri, Ormindo Mota, Luís Dal Monte, Luiz Scalabrini, os irmãos Pagani e outros adquiriram dos irmãos Lélio e Marcelo Pizza parte da Fazenda Guataporanga para fins agrícolas. No terreno que comprara, Júlio da Costa Barros iniciou as primeiras plantações de café cerca de três anos mais tarde.
Em seguida, por determinação do
proprietário da Fazenda Guataporanga, fundou a Vila de Novo Cravinhos, cujo
nome foi dado em homenagem à cidade de Cravinhos (Mogiana), de onde vieram os
primeiros compradores. O roteiro para a derrubada das matas foi a Estrada de
Ferro Noroeste do Brasil. Os desbravadores seguiam até a estação de Penápolis,
de onde continuavam por picadas cerca de noventa quilômetros até o ponto onde
se erguia Novo Cravinhos. As primeiras terras foram compradas a R$ 0,03 o
alqueire. Com uma área de mil alqueires a Fazenda Jacutinga foi a primeira a
ser formada nas imediações. Seu proprietário, Rodolfo Lara Campos, adquiriu-a
para o plantio do café, dando início ao desbravamento da mata onde, mais tarde,
surgiria a cidade de Pompéia.
Os dezoito quilômetros da
estrada de rodagem que liga Vila Olinda a Pompéia foi por ordem e conta do
proprietário da Fazenda Jacutinga. Inicialmente as terras pertenciam a três
grandes proprietários: Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda (vertentes do Rio
Peixe) e irmãos Lélio e Marcelo Pizza (vertentes do Rio Feio). Em 1928 os
irmãos Rodolfo e Luiz Miranda planejaram a formação de uma cidade e ordenaram a
derrubada de 250 hectares de matas no espigão Peixe-Feio, nas vertentes do
Ribeirão Futuro. Depois de loteada a área recebeu a denominação de Patrimônio
de Otomânia, iniciando-se a venda dos lotes.
Alguns anos depois o Patrimônio
recebeu a atual denominação em homenagem a Aretuza POMPÉIA da Rocha Miranda,
esposa do Senador Rodolfo Miranda. O Município tem a sua economia firmada no
Comércio, Agropecuária, Indústria e Prestação de Serviços. Pompéia faz divisa
com oito municípios: ao Norte com Queiroz e Getulina, a Leste com Marília e
Oriente, ao Sul com Lutécia e Oscar Bressane e a Oeste com Quintana e
Herculândia. A cidade é servida pela Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros
- SP-294 - e pela ALL - América Latina Logística.
Atualmente, Pompéia destaca-se
pelo nível de desenvolvimento já atingido e o caminho progressista que vem
percorrendo. A presença de conceituadas escolas elevam o nível cultural da
população e garantem a preparação moral, social e intelectual de cada geração
que substitui outra e adiciona esforços para a consecução de uma mais alta
qualidade de vida a todos os membros da comunidade.
Chamada de "Cidade
Coração", Pompéia faz jus à fama de hospitaleira e calorosa para com os
visitantes e migrantes. A beleza exposta nos cenários naturais e o visual da
cidade que parte do zelo dos munícipes para com a área urbana atrai e causa
admiração.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
O Distrito de Pompéia foi criado pela lei n.º 2.282, de 17 de setembro de 1928, com território desmembrado do Município de Campos Novos Paulista. Na divisão administrativa de 1933 e nas territoriais de 1936 e 1937 Pompéia figura como Distrito de Marília e assim permanece no quadro anexo ao decreto-lei Estadual 9.073, de 31 de março de 1938. O Município foi criado em 30 de novembro de 1938 pelo decreto estadual n.º 9.775, composto pelos Distritos de Novo Cravinhos, Paulópolis, Quintana, Varpa e Herculândia. Com exceção de Herculândia, desmembrado do Município de Glicério, todos os outros pertenciam ao Município de Marília.
Pelo decreto-lei estadual
14.334, de 30 de novembro de 1944, Pompéia passou a ser constituído pelos Distritos
de Novo Cravinhos, Paulópolis e Queiroz, tendo perdido território para a
formação dos Municípios de Herculândia, Quintana e Tupã. De acordo com a lei
233, de 24 de dezembro de 1948, Pompéia passou a ser constituída pelos
Distritos de Novo Cravinhos, Pontana, Paulópolis e Queiroz. Em 1953 perdeu o
Distrito de Pontana, e, em 1964, perdeu o Distrito de Queiroz. Atualmente é
formado pelas Vilas de Novo Cravinhos e de Paulópolis. A Comarca de Pompéia foi
criada em 30 de novembro de 1938 pelo decreto estadual n.º 9.775, abrangendo,
atualmente, os Municípios de Quintana e Oriente.
Símbolos do Município
A bandeira e o brasão de armas são símbolos que retratam a história e as características de cada município. Em Pompeia esses símbolos foram oficializados pela Lei nº 817, de 15 de abril de 1970 e são de autoria do heraldista professor Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista. No texto da lei são descritos em termos próprios de heráldica e têm a seguinte interpretação simbólica:
Bandeira Municipal
A Bandeira é esquartelada em faixas, sendo os quartéis azuis constituídos por três faixas amarelas carregadas de sobre-faixas vermelhas dispostas no sentido horizontal, que partem de um triângulo amarelo firmado na tralha, onde o Brasão Municipal é aplicado. O estilo esquartelado obedece à tradição heráldica portuguesa, da qual herdamos os cânones e as regras. O Brasão aplicado ao centro do triângulo representa a própria cidade, sede do município. As faixas que partem do triângulo simbolizam o Poder Municipal que se expande a todos os quadrantes do território e os quartéis assim constituídos, representam as propriedades rurais existentes no território municipal.
Brasão Municipal
O Brasão de Armas é um escudo samnítico, primeiro introduzido em Portugal que lembra a raça latina colonizadora e principal formadora da nossa nacionalidade e a coroa mural de prata classifica a cidade representa na segunda grandeza, ou seja, sede de comarca. A cor azul do campo do escudo é símbolo heráldico da justiça, nobreza, perseverança, zelo e lealdade e o escudete ao centro reproduz as armarias da Família Miranda, fundadores da cidade. Nos cantos, à direita, um rosário de outro circundando uma flor de Liz de prata, símbolo heráldico de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade e à esquerda, um coração de outro, lembrando no Brasão o cognome de "Cidade Coração". As faixas ondadas de prata lembram os rios Peixe e Aguapeí, em cujas vertentes foi fundada a cidade.
Como suportes, à direita, um galho de café frutificado ao natural e à esquerda, um galho de algodão, que lembram os principais produtos oriundos da terra e no listel de azul em letras prateadas, o topônimo identificador "Pompéia", ladeado pelos milésimos "1928", ano da criação do Distrito e "1938", ano de sua emancipação política.
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