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Ministério da Educação suspende Fies em universidade de Marília, SP

O Ministério da Educação (MEC) suspendeu o programa de Financiamento  Estudantil (Fies) em uma universidade deMarília. A medida cautelar foi tomada após o MEC encontrar diversas irregularidades e descumprimento da legislação educacional em instituições pertecentes ao Grupo Educacional Uniesp.
Além da suspensão do Fies, o grupo, suas mantenedoras e as instituições de educação superior vinculadas estão impedidos, até a apresentação de documentação exigida pelo Ministério, de adquirir novas unidades ou expandir os cursos oferecidos.

A lista de irregularidades que levaram à suspensão do programa não foi divulgada pelo MEC, no entanto, uma propaganda divulgada na região de Marília é alvo de reclamações por parte dos estudantes, que se sentiram enganados. No folheto, o grupo educacional Uniesp promete arcar com o pagamento das parcelas do financiamento e com a isenção das mensalidades. Ao ver a propaganda, Suzana Aparecida Gomes acreditou que havia encontrado a chance de realizar o sonho de cursar uma universidade. No entanto, o sonho virou uma dívida de quase R$ 9 mil.  “Quando eu percebi que não era nada daquilo que eu tinha acreditado, fiquei com uma sensação de injustiça, como se eu estivesse sendo enganada por pessoas que usam o sonho das outras para uma mentira”, desabafa a promotora de vendas.
A promotora se animou tanto que até matriculou a mãe no curso de pedagogia, mas, no final do segundo semestre, veio o susto: ambas teriam que pagar a conta no fim do curso. Mãe e filha entraram em desespero e deixaram a faculdade. “Nós tivemos que interromper nosso sonho quando percebemos que estávamos com dívidas. A gente não queria conversar com ninguém sobre o assunto, mas só agora conseguimos aceitar que não ganhávamos uma bolsa”, diz Isabel Cristina Serrano.

Para o coordenador do Procon de Marília, há falta de informação nas propagandas da Uniesp. De acordo com  Dirceu Fonseca Siqueira, as condições impostas pela instituição também são impossíveis de cumprir. "As informações não são muito claras e os alunos estão entrando nesse processo sem saber algumas condições que a escola está impondo. Como o contrato está sendo feito pelo aluno, a responsabilidade do pagamento perante o Banco do Brasil será dele”, explica Dirceu.

Uma aluna que prefere ter a identidade preservada, diz que a estratégia da instituição é atrair alunos. No contrato firmado entre escola e o estudante, que garante a bolsa, são impostas algumas condições como atividades extracurriculares, trabalho voluntário e boas notas. Para ela, exigências difíceis de cumprir. "A gente não tem a contabilidade das horas que faz na faculdade. Não temos noção de quantas hroas fazemos por trabalho e isso nos deixa perdido”, conta.
Frente às denúncias averiguadas e das irregularidades encontradas, o MEC suspendeu o programa de financiamento estudantil na universidade e também deu um prazo de 15 dias, a partir do despacho, no dia 31 de maio, para que o grupo apresente a lista de mantenedoras e as instituições vinculadas. Ainda de acordo com o Ministério, os alunos que já são beneficiários do Fies terão os contratos mantidos.
Em nota, o grupo educacional afirma que se compromete a assumir o Fies caso o aluno cumpra com todas as obrigações que estão em contrato, entre elas, não abandonar o curso. Caso contrário, a instituição afirma que se desobriga a pagar o financiamento.

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