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PF vai investigar desaparecimentos em Luziânia, diz Tarso Genro


O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou nesta terça-feira (9) que a Polícia Federal entrará nas investigações do caso de desaparecimento de seis jovens em Luziânia, Goiás. O anúncio foi feito após reunião entre Tarso e o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.


De acordo com Ophir, as investigações serão feitas de forma conjunta pela Polícia Civil de Goiás e a Polícia Federal. “O nosso objetivo único é de devolver os filhos às senhoras. O ministro, sabendo que nós viríamos, se antecipou e fez um contato com o secretário de Segurança Pública de Goiás, que aceitou os argumentos. A situação vai ser investigada de forma conjunta entre a PF e a Polícia Civil de Goiás”, explicou Ophir.

No dia 30 de janeiro, completou-se um mês do desaparecimento do primeiro jovem. As vítimas são todas do sexo masculino, com faixa etária entre 13 e 19 anos, sumiram nas primeiras horas do dia e moravam no Parque Estrela Dalva, região carente da cidade.

Apesar de as mães defenderem que a PF entre na investigação, a polícia de Luziânia, na última quinta-feira (4), não havia aceitado a ajuda federal nas investigações do caso. A polícia goiana insiste na tese de sequestro para trabalho escravo, mas até o momento não conseguiu encontrar pistas do paradeiro dos jovens.

A Polícia Civil da cidade recebeu nesta semana o reforço de dois delegados que irão atuar nas investigações sobre o sumiço dos seis adolescentes, ocorrido durante o último mês. Os delegados envolvidos no caso passaram a tarde de segunda-feira (8) reunidos para tratar da prisão de dois suspeitos na última quarta (3), que já moraram com Márcio Lopes, 19 anos, o último desaparecido, no dia 22 do último mês.

Emoção

As mães dos seis rapazes desaparecidos também compareceram ao Ministério da Justiça. Enquanto concediam entrevista, junto ao presidente da OAB, a mãe de um dos rapazes, Maria Lúcia, desmaiou e precisou ser amparada por colegas e funcionários do ministério. Ela teria ficado emocionada com a notícia do ingresso da Polícia Federal nas investigações. Depois de ficar caída no chão por poucos minutos, ela recuperou os sentidos e, segundo a assessoria da OAB, que acompanha Maria Lúcia, ela passa bem. Ela é mãe de Márcio, o último dos desaparecidos.

A notícia da entrada da PF na investigação agradou a todas as mães. Valdirene Fernandes, mãe de Flavio Augusto, acredita que agora o caso chegerá a um desfecho. “Isso é o que a gente buscava, a intervenção da Polícia Federal. Se for trabalho escravo, a chance de ser descoberto é maior. Agora, teremos um desfecho”, comemorou.

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