Fiéis se mobilizam contra transferência do padre Wilson Ramos vítima de racismo
A comunidade católica de Adamantina iniciou nesta terça-feira (2), no Centro da cidade, uma mobilização, por meio de um abaixo-assinado, para reivindicar a permanência do padre Wilson Ramos na Paróquia de Santo Antônio.
Segundo Franciele Spina, de 22 anos, participante do movimento, desde que chegou para assumir a paróquia, há aproximadamente um ano e cinco meses, o padre recebe ofensas racistas de algumas pessoas por ser negro e, por conta disso, o bispo da Diocese de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, quer mudá-lo de cidade.
Somente nesta terça-feira foram colhidas três mil assinaturas. A mobilização ‘Fica, Padre Wilson’ continuará até a quarta-feira dia 10, sempre no Centro, das 9h às 16h. Além do ponto fixo, há pessoas passando com livros pelos bairros também.
Por meio de nota, o bispo da Diocese de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, se manifestou sobre a transferência do sacerdote. A explicação começou com uma passagem bíblica e terminou com o esclarecimento.
O padre Wilson Luis Ramos explicou na tarde desta terça-feira (2), a sua versão sobre a história envolvendo a transferência e revelou que foi pressionado a entregar a paróquia.
Ele diz que existe um grupo de pessoas insatisfeitas na paróquia que não aceitaram sua chegada.
De acordo com Ramos, no início houve um preconceito muito grande por parte de alguns fiéis da paróquia. “Em cima da igreja, há um galo de bronze e esse grupo chegou a sugerir que ele fosse tirado para colocarem um urubu no lugar. Foi a partir daí que começou todo alvoroço”, contou o padre Wilson.
Sobre a manifestação, por meio do abaixo-assinado realizado pela comunidade católica, o sacerdote avalia como um ato de carinho e reconhecimento de seu trabalho.
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